quarta-feira, 11 de setembro de 2013

                Necessidades Humanas Básicas


Necessidade: “qualidade ou caráter de necessário: exigência


Necessário – adjetivo que significa “que na se pode dispensar; que se impõe; essencial; indispensável” 

° COMUM AO SER HUMANO
° UNIVERSAIS
° VARIA DE UM INDIVÍDUO PARA O OUTRO
° MANISFESTAÇÃO
° ADEQUAÇÃO

 As NHBs não se manifestam, porém estão latentes e surgem com maior ou menor intensidade, dependendo do equilíbrio instalado no organismo. 

 Desta forma, a necessidade pode ser compreendida como a “falta de algo desejável”. 

   Wanda Aguiar Horta


 São aquelas condições ou situações que o indivíduo, família e comunidade apresentam decorrentes do desequilíbrio de suas necessidades básicas que exijam uma resolução, podendo ser aparentes, conscientes, verbalizadas ou não.
 Problemas de enfermagem são situações ou condições decorrentes dos desequilíbrios das necessidades básicas do indivíduo, família e comunidade, e que exigem do enfermeiro sua assistência profissional.

 TEORIAS DAS NECESSIDAES HUMANAS BÁSICAS



Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Maslow e                                   João  Mohana


 Abraham Maslow elaborou, em 1954, uma teoria sobre a motivação humana centralizada no conceito de auto realização, apoiando-se nas NHBs. 


 Todo ser humano possui necessidades comuns que motivam o seu comportamento, e que as mesmas estão organizadas em cinco níveis distintos e hierarquizado.



                            NECESSIDADE DO CORPO



 O envelhecimento é algo natural e inevitável, porém tem como retardar através de certos nutrientes.


Principais inimigos da juventude:


 Cigarros, álcool, poluição ambiental, estresse, sol em excesso, alimentação incorreta e sedentarismo.

Todo ser humano possui necessidades comuns que motivam o seu comportamento e estão organizadas em cinco níveis distintos e hierarquizados:


°Necessidades fisiológicas
°Necessidade de segurança
°Necessidade de amor 
°Necessidade de estima 
°Necessidade de auto realização
°Necessidade de estima 


                      1º Nível – Necessidades Fisiológicas 


 São necessidades que devem ser atendidas, pelo menos em nível mínimo, para a sobrevivência do corpo ou espécie. Dentre elas: 
Oxigenação: obtida através do mecanismo da Respiração; 

Nutrição: obtida através da Alimentação; 

Hidratação: obtida através da ingestão de Água;

 Manutenção da temperatura corporal: através do Sistema Nervoso Central (bulbo) e ambiente;

 Eliminação de resíduos ou substâncias tóxicas formadas no metabolismo: obtida através da Excreção:

-pulmões: eliminam o CO2 (gás carbônico) 

-aparelho urinário: elimina urina 

-intestino: elimina as fezes 

-glândulas sudoríparas: eliminam o suor

Organismo refazer-se das atividades desenvolvidas durante o estado de vigília: conseguido através do Sono e Repouso;

°Reprodução e prazer: através da Sexualidade;

°Proteção das estruturas internas do organismo: obtida através da integridade cutâneo mucosa (primeira linha de defesa do organismo) 

°Desenvolvimento e fortalecimento dos músculos; facilitar a digestão, o peristaltismo e a eliminação intestinal; 

°Ativar a circulação sanguínea; aumentar a capacidade pulmonar; 

°Favorecer o padrão do sono; 

°Reduzir o estresse: prática de Exercícios e Atividades Físicas; 
Prevenção de deformidades; 

°Prevenção de deformidades; 

°Perda ou limitação de função do sistema músculo esquelético: obtida através da Mecânica Corporal (utilização eficiente do corpo, através do uso correto de todos os segmentos); 

°Manter a pele limpa e íntegra, unhas aparadas, etc.: obtida através da realização e manutenção da Higiene Corporal; 

               2º Nível – Necessidades de Proteção e Segurança 


 É a necessidade que o ser humano possui de sentir-se protegido, sem ameaças de ordem física, psíquica ou social. 

°O meio-ambiente deve ser livre de agentes agressores físicos, químicos e biológicos; 

°Deve possuir saneamento básico, iluminação, pavimentação, controle de insetos e roedores, coleta de lixo, enfim, uma infraestrutura básica que permita ao cidadão viver dignamente. 

                     3º Nível – Necessidade de Amor e Pertencer 


°PESSOAS
°AMOR E AFEIÇÃO
°PESSOAS,
FAMÍLIAS
°COMPARTILHAR ALEGRIAS E TRISTEZAS
°ANCIEDADES E DUVIDAS

                      4º Nível – Necessidade de Auto – Estima


-Autoestima significa “valorização de si mesmo; amor próprio”.

-As pessoas devem se sentir bem em relação a si próprias, e orgulhosas quanto às suas habilidades e realizações. 

-A autoestima elevada é um motivador poderoso do comportamento.

                   5º Nível – Necessidade de Auto – Realização


-A auto realização é a ânsia de continuar a crescer e mudar, de trabalhar por novos objetivos, de desenvolver talentos, de cultivar seus potenciais.

 Normalmente, a auto realização ocorre com a maturidade. 

 O adulto auto realizado mostra-se satisfeito com as suas realizações e com a sua vida. Há uma sensação de plenitude e contentamento.

Teoria das NHBs segundo JOÃO MOHANA:

Em sua teoria, João Mohana classifica as Necessidades Humanas Básicas em três níveis:

 1º - Necessidade Psicobiológicas
2º - Necessidades Psicossociais
    3º - Necessidades Psicoespirituais

 Embora ele as classifique, Mohana considera que a abordagem descritiva e seqüencial das NHBs tem apenas caráter didático, pois na realidade o

 “homem é um todo indivisível” e suas necessidades estão intimamente ligadas.

°ASPECTOS DO INDIVÍDUO
°CORPO FÍSICO
°CONTEXTO SOCIAL E ESPIRITUALIDADE
-NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS
-PSICOSSOCIAIS
 SÃO COMUNS A TODOS OS SERES VIVOS.

                                              

                                               Psicobiologias:

- Oxigenação
- Hidratação
- Eliminação
- Sono e Repouso
- Exercício e Atividade Física
- Sexualidade
- Abrigo
- Mecânica Corporal
- Motilidade
- Cuidado Corporal
- Integridade Cutâneo Mucosa
- Integridade Física
- Regulação (térmica, imunológica, vascular, etc.)
- Locomoção
- Percepção (olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa e dolorosa)
Ambiente
- Terapêutica

                                                    Psicossociais:


- Segurança
- Amor
- Liberdade
- Comunicação
- Criatividade
- Aprendizagem
- Recreação
- Lazer
- Espaço
- Orientação no Tempo
- Aceitação
- Auto realização
- Auto estima
- Atenção

                                               Psicoespitiruais:


- Religiosa ou Teológica
- Ética e Filosofia de Vida


                        SER HUMANO HOLÍSTICO














terça-feira, 10 de setembro de 2013

  Historia da enfermagem no período pré-cristão


                Período Pré-Cristão

  No período Pré-Cristão as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens, banho de água fria ou quente, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos. Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações política e religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idéia do tratamento dos doentes

              Egito

Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitação de fórmulas religiosas. Praticava-se o hipnotismo, a interpretação de sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Havia ambulatórios gratuitos, onde era recomendada a hospitalidade e o auxílio aos desamparados.

              Índia

Documentos do século VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, músculos, nervos, plexos, vasos linfáticos, antídotos para alguns tipos de envenenamento e o processo digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputações, trepanações e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribuiu para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construção de hospitais. Foram os únicos, na época, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e conhecimentos científicos. Nos hospitais eram usados músicos e narradores de histórias para distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado respeito ao corpo humano - proibia a dissecação de cadáveres e o derramamento de sangue. As doenças eram consideradas castigo.


              Palestina

Moisés, o grande legislador do povo hebreu, prescreveu preceitos de higiene e exame do doente: diagnóstico, desinfecção , afastamento de objetos contaminados e leis sobre o sepultamento de cadáveres para que não contaminassem a terra. Os enfermos , quando viajantes, eram favorecidos com hospedagem gratuita.

              Assíria e Babilônia

Entre os assírios e babilônios existiam penalidades para médicos incompetentes, tais como: amputação das mãos, indenização, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que sete demônios eram os causadores das doenças. Os sacerdotes-médicos vendiam  talismãs com orações usadas contra os ataques dos demônios. Nos documentos assírios e babilônicos não há menção de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres de Deus, como no episódio bíblico do banho no rio Jordão. "Vai, lava-te sete vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa ".(II Reis: 5, 10-11).

              Japão

Os japoneses aprovaram e estimularam a eutanásia. A medicina era fetichista e a única terapêutica era o uso de águas termais.

              Grécia

 As primeiras teorias gregas se prendiam à mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da saúde e da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral. Dava-se valor à beleza física, cultural e a hospitalidade, contribuindo para o progresso da Medicina e da Enfermagem. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatômicos. O nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrícia e abandono de doentes graves. A medicina tornou-se científica, graças a Hipócrates, que deixou de lado a crença de que as doenças eram causadas por maus espíritos. Hipócrates é considerado o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnóstico, prognóstico e a terapêutica. Reconheceu doenças, tais como: tuberculose, malária, histeria, neurose, luxações e fraturas. Seu princípio fundamental na terapêutica consistia em "não contrariar a natureza, porém auxilia-la a reagir ". Tratamentos usados: massagens, banhos, ginásticas, dietas, sangrias, ventosas, vomitórios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais.

               

               Roma

 A medicina não teve prestígio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivíduo recebia cuidados do Estado como cidadão destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso. Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilação das casas, água pura e abundante e redes de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via Ápia. O desenvolvimento da medicina dos romanos sofreu influência do povo grego.

              Cristianismo

 O cristianismo foi a maior revolução social de todos os tempos. Influiu positivamente modificando indivíduos e o conceito da família. Os cristãos praticavam atos de caridade. Sendo o princípio que movia os pagãos: "Vede como eles se amam ". Desde o início do cristianismo os pobres e enfermos foram objeto de cuidados especiais por parte da Igreja. Pedro, o apóstolo, ordenou diáconos a socorrerem os necessitados. As diaconisas prestavam igual assistência às mulheres. Os cristãos até então perseguidos, receberam no ano 335 pelo Edito de Milão, do imperador Constantino, a liberação para que a Igreja exercesse suas obras assistenciais e atividades religiosas. Houve uma profunda modificação na assistência aos doentes - os enfermos eram recolhidos às diaconias, que eram casas particulares, ou aos hospitais organizados para assistência a todo tipo de necessitados.

Fonte: Site do COFEN e COREN-SP

 Os Avanços das Práticas de Saúde por Períodos Históricos
As práticas de saúde instintivas - caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultava em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas.

As práticas de saúde mágico-sacerdotais – este período é marcado pela relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde mais primitivas. Desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, e se dá antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos, nos templos que eram também santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde.

O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

As práticas de saúde no alvorecer da ciência - relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século V a.C. estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã.

A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.

As práticas de saúde monástico-medievais – Regidas pela influência dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao exercício da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio.

As práticas de saúde após as sociedades monásticas evoluíram, em especial, durante os movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem.

Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, desagregando-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

As práticas de saúde no mundo moderno, em especial, a de Enfermagem, evoluíram juntamente ao sistema político-econômico da sociedade capitalista, que promoveu o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada. Processo que tem início com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.

Fonte: Site do COFEN e COREN-S